• quinta-feira, 3 de outubro de 2013

    Bombeio Centrífugo Submerso Submarino (BCSS) & Gas Lift

    O BCSS é utilizado como meio de elevação artificial do óleo, em poços onde a pressão do reservatório não é suficiente para fazer o óleo chegar à plataforma com a vazão desejada. Trata-se, basicamente, de uma bomba centrífuga de múltiplos estágios, acionada por um motor elétrico, sendo este conjunto motor-bomba fixado na extremidade da coluna do poço. Dessa forma, o conjunto fica submerso no óleo do reservatório e o seu funcionamento cria um incremento de pressão no fundo do poço de modo a se obter a vazão desejada de óleo na superfície.

    Um sistema de BCS é formado por vários componentes arranjados logicamente na forma de um sistema em série. Geralmente, pode-se subdividir o sistema BCS de um poço submarino em dois conjuntos de equipamentos: os de subsuperfície, situados no interior do poço, e os de superfície, localizados na plataforma de produção. Esta mesma subdivisão pode ser usada para um poço terrestre, sendo que neste caso, os equipamentos de superfície localizam-se na área de produção da instalação.

    Os equipamentos (doravante denominados componentes) de subsuperfície de um sistema BCS típico são os seguintes: motor, protetor ou selo, intake/separador, bomba, pothead, cabo elétrico e acessórios.

    Gas Lift: É um método de elevação artificial no qual se utiliza a energia contida em gás comprimido para elevar fluidos (óleo e/ou água) de um nível mais baixo para um mais alto. O gás é utilizado para gaseificar (gas-lift contínuo) ou deslocar (gas-lift intermitente) a coluna de fluido, diminuindo o gradiente de pressão vertical, e, portanto, diminuindo a pressão de fluxo no fundo do poço.

    A utilização do BCSS está se expandindo rapidamente entre as empresas de petróleo. Neste tipo de bombeio, a energia é transmitida para a bomba por um cabo elétrico. A energia elétrica é transformada em energia mecânica por um motor, o qual está diretamente conectado à bomba centrífuga. Esta transmite a energia ao fluido sob a forma de pressão elevando-o para a superfície.

    O Gas Lift tem como principais atrativos sua confiabilidade e flexibilidade diante de alterações nas condições operacionais. Todavia, quando comparado ao BCSS observa-se um menor potencial de produção, em especial em campos de óleo pesado ou extra-pesado.


    O BCSS, por sua vez, possui um elevado potencial de produção associado a um MTFF (Mean Time to Fail) pequeno, o que implica em paradas sistemáticas, aguardando sonda e intervindo no poço para substituição da bomba.

    O gas lift tem sido o principal método de elevação artificial para poços de completação submarina no Brasil. No entanto, para a produção de óleos pesados e viscosos, os métodos de elevação por bombeio centrífugo submerso (BCS) apresentam significativo aumento no potencial de produção.

    Um dos aspectos críticos do uso de um conjunto de BCS em poços submarinos é a economicidade em relação ao gas lift. Enquanto este último é simples e praticamente não requer intervenções, o Sistema de BCSS é mais complexo e seu MTBF, entre dois e três anos, é mais baixo do que um Sistema de Gas Lift. As altas taxas  diárias das sondas de completação submarina penalizam fortemente tal método. Além disso, as sondas podem não estar disponíveis no momento da intervenção, acarretando perdas de produção com impacto significativo no valor presente líquido (VPL) do projeto.

    Portanto, a confiabilidade do sistema de BCSS e a minimização do tempo de intervenção são cruciais para tornar este método competitivo economicamente com o gas lift.

    A constante preocupação com o custo das intervenções em poços submarinos levou a Petrobras a adotar especificações mais rigorosas para os equipamentos que seriam instalados em poços submarinos equipados com conjuntos de BCS. A adoção de especificações mais rigorosas tem contribuído para o aumento do tempo entre as intervenções de poços submarinos equipados com conjuntos de BCS.

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